Principal sonho profissional para 2024 é receber um aumento de salário
A época de final de ano chega sempre cheia de emoções, sendo algumas positivas e outras talvez nem tanto. De qualquer forma, em alguns aspectos, para se alcançar a tão esperada tranquilidade prometida no período, é preciso, antes, passar por muita correria, pela resolução de alguns desafios e pela finalização de tarefas mesmo com o cansaço de todo o ano acumulado. Atualmente, existem, inclusive, termos que levam em consideração especificamente este período, conhecidos como “síndrome do fim de ano” ou “dezembrite”, que estão relacionados à potencialização de sintomas emocionais, mentais e ansiosos que afetam os trabalhadores.
Neste cenário, que inclui os desafios do final do ano, mas também as celebrações que buscam trazer leveza para este período simbólico, a Onlinecurriculo, plataforma especializada em currículos online, realizou uma pesquisa buscando entender como as pessoas encaram esse momento no ambiente de trabalho. O estudo, que entrevistou brasileiros de todas as idades e regiões do país, procura compreender como os trabalhadores equilibram a produtividade necessária nas tarefas com as festas e confraternizações dentro das empresas.
Em um primeiro momento, é importante perceber que, de forma geral, o brasileiro se sente mais atarefado no período de final de ano. Dos entrevistados, 41% afirmam que se sentem mais sobrecarregados do que o normal no trabalho. Em contrapartida, apenas 12% dos respondentes consideram que o período é mais tranquilo em relação às exigências profissionais. Ainda, 16% percebem uma diminuição na produtividade em relação ao restante do ano, e 14% não sentem diferença quanto ao que precisam produzir.
Os dados são importantes, especialmente para as instituições, como forma de compreender a sobrecarga que pode estar caindo sobre seus colaboradores e que pode pode desencadear em um esgotamento ou mesmo, em casos mais extremos, levar à condição de burnout. Mesmo que as empresas não tenham como solucionar totalmente as pressões das demandas, metas e projetos que precisam ser encerrados, é importante ter atenção para a possível sobrecarga dos colaboradores, tentando minimizar os efeitos do estresse do período. As estratégias podem ser diversas para se alcançar um ambiente mais saudável.
Em contrapartida, apesar de, para a grande maioria, o final de ano ser um período conturbado, existe a intenção de celebrar o momento junto com os colegas de trabalho. Sobre as confraternizações realizadas por muitas empresas, 48% dos entrevistados acham que é importante que as instituições realizem as festividades, e 32% afirmam que gostam e que geralmente participam dos encontros.
Do outro ponto de vista, apenas 5% dos respondentes não concordam com as confraternizações, não vendo relevância nos eventos; 8% disseram que, quando têm a possibilidade, escolhem não participar, e 7% não gostam dos eventos, mas acabam participando por sentirem a pressão de estarem presentes. 20% dos entrevistados afirmam que se sentem à vontade para tomar a decisão de estar ou não presente nas confraternizações, e outros 20% acreditam que os eventos são boas oportunidades de estreitar relações que podem ser positivas para a carreira.
É positivo ver que, mesmo que o brasileiro se sinta sobrecarregado nas tarefas do trabalho, ainda assim ainda existe a intenção de celebrar o período festivo juntos dos colegas. Muitas das relações que se têm com colegas, que são pessoas que fazem parte do dia a dia de todo trabalhador, acabam se desenvolvendo e servindo de suporte no enfrentamento dos momentos de maior desafio, tanto na esfera profissional quanto na pessoal, e as confraternizações se mostram como oportunidades de trazer um pouco de descontração para um ambiente que, normalmente, é visto como estressante.
Por mais que o período entre Natal e Ano Novo seja cheio de celebrações, o que, muitas vezes, implica em preparativos, organizações e diversos encontros, os brasileiros consideram o momento como propício para descansar. Entre os que recebem férias ou recesso no período, 41% aproveitam o momento como uma oportunidade importante para descansar e recarregar as energias. Já 10% dos entrevistados acham difícil encontrar um verdadeiro descanso neste período, mesmo com a pausa do trabalho.
Para os que não contam com férias ou recesso, 15% disseram encontrar momentos de descanso durante os feriados, e 14% acabam não percebendo a possibilidade de descansar, mesmo nos feriados. Já outra parcela, correspondente a 19% dos respondentes, optam por tirar as férias em outro momento do ano, entendendo que o descanso pode ser mais eficaz do que no período de final de ano.
Quando um ano se aproxima do fim, é praticamente impossível não olhar para trás e pensar nas realizações alcançadas nos últimos doze meses. Este é o momento de revisar a lista de metas - seja ela física ou não - e refletir sobre as grandes ou pequenas vitórias do ano. Nos aspectos que não foram bem sucedidos, sempre pode se colocar uma nova esperança, acreditando que, o que não foi realizado em 2023, pode, a partir de agora, ser realizado em 2024.
Quando perguntados sobre as realizações profissionais alcançadas em 2023, a maior parte dos entrevistados, com porcentagem de 15%, destacaram a educação e o desenvolvimento profissional, com a realização de cursos, e o começo ou finalização de graduação ou pós-graduação; 14% sinalizaram o avanço de cargo ou promoção dentro da empresa; 7% conseguiram novo trabalho; 7% disseram alcançar um aumento no número de vendas ou de metas; 6% realizaram conquistaram itens pessoais a partir de investimentos recebidos no trabalho; 6% abriram ou mantiveram o próprio negócio, e outros 6% alcançaram objetivos relacionados ao trabalho.
Também foram citadas realizações como: aumento salarial, reconhecimento pelo bom trabalho, manter o emprego, criação de um novo produto, viagens relacionadas ao trabalho e manter todos os funcionários na própria empresa. Os resultados alcançados variam de grandes a pequenos feitos, mas são motivação para o empenho e crescimento do trabalhador, especialmente em uma época em que o volume de atividades pode ser maior que o normal.
De qualquer forma, nem sempre um ano traz realizações positivas. Alguns cumprem o papel de manutenção do que já se tem para que algo novo possa ser alcançado no futuro. Neste sentido, 15% dos entrevistados indicaram que, para eles, não houve realização profissional em 2023.
Tendo alcançado ou não as metas de 2023, a virada do ano é o momento de se renovar as metas ou de criar novos objetivos para 2024. Sem grandes idealizações, valem as metas clássicas, que geralmente estão na lista de todos e sempre podem ser reforçadas, ou aquelas mais profundas e pessoais.
Em relação à vida profissional, podem-se ter muitos objetivos, mas, segundo a pesquisa, o maior desejo do brasileiro para 2024 é ganhar um aumento de salário, conforme foi indicado por 32% dos entrevistados. 20% desejam crescer de cargo dentro da empresa onde trabalham; 11 querem fazer um ou mais cursos curtos; 9% almejam trocar de emprego, e 7% gostariam de mudar de área de atuação.
2023 ainda não acabou, e muitas vezes, pode-se criar o sentimento de que este é o momento de doar-se mais para o cumprimento dos desafios. Por mais que algumas obrigações precisam ser finalizadas, tão importante quanto vencer os últimos obstáculos, é descansar. Sejam em férias mais longas ou nos pequenos feriados, desacelerar é necessário para que se possa iniciar o novo ano de forma mais produtiva e saudável. Para além dos clichês de final de ano, este pode ser o momento para finalmente fazer aquela atividade que lhe traz mais prazer, ou simplesmente se permitir não fazer nada.
Entre os dias 04 e 12 de dezembro de 2023, a Onlinecurriculo ouviu 500 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país. Mulheres e homens foram entrevistados individualmente, respondendo as perguntas através de questionário estruturado em formato online.