Como você se vê daqui a cinco anos? Brasileiros desejam ganhar mais de R$10 mil por mês

Para alcançar essa renda até 2030, profissionais querem apostar em empreender, conquistar cargos de liderança ou mudar de profissão.
Bethany Watson
Gerente de Relações Públicas
Atualizado em 10 fevereiro 2025

Quando o assunto é sua vida profissional, você já sabe o que quer conquistar nos próximos cinco anos? Segundo uma nova pesquisa da Onlinecurriculo, plataforma de currículos online, muitos brasileiros já têm um objetivo central para concretizar: alcançar uma renda mensal superior a R$ 10 mil até 2030 — valor que, hoje, faz parte da realidade de poucos, já que cerca de 90% da população recebe menos de R$ 3 mil por mês, de acordo com a PNAD Contínua de 2021.

De forma geral, o estudo, realizado com 500 brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país, buscou entender como as pessoas se veem daqui a cinco anos e quais são suas principais ambições profissionais. Quando se trata de dinheiro, por exemplo, para 63% dos entrevistados, ganhar mais de seis salários mínimos é uma das prioridades para os próximos cinco anos.  Ou seja, considerando o rendimento mensal da maioria dos brasileiros, os respondentes querem ganhar três vezes mais do que a média nacional, nesse meio tempo.

Para alcançar a tão almejada remuneração, a  resposta de 33% dos ouvidos foi investir em seu próprio negócio, resposta mais comum tanto entre os representantes da geração Z (1997 - 2007) quanto os millennials (1981 -1996). O dado, vale dizer, parece refletir o crescimento do empreendedorismo no Brasil nos últimos anos — visto que, apenas em 2024, mais de quatro milhões de novas empresas foram abertas, superando os números de 2023, segundo o Sebrae. 

Há, ainda, quem queira traçar outro caminho específico — como destacam os 25% dos participantes que se veem ocupando cargos de liderança até 2030. A ambição de chefiar, nesse sentido, não se restringe somente aos empreendedores, mas também a quem quer evoluir dentro dos ambientes de trabalho tidos como “tradicionais”. Nesse número, a taxa entre as gerações Z e Y também é uma unanimidade, representando 37% cada grupo geracional já que esses desejam não só liderar de forma autônoma, mas dentro das empresas.

Outro objetivo compartilhado por parte dos respondentes é, até 2030, conseguir mudar de profissão, uma tendência observada entre diferentes gerações, mas com variações dependendo da faixa etária. De acordo com os dados analisados, por exemplo, 22,2% dos entrevistados afirmam que pretendem mudar de área nos próximos cinco anos. Esse percentual é ainda maior entre os nascidos entre 1997 e 2007 (40%), sendo 15% superior em comparação com aqueles nascidos na década de 1980 (35%).

Além da transição de carreira, outro movimento relevante é o interesse por oportunidades profissionais fora do país. Isso porque cerca de 15,6% dos entrevistados desejam trabalhar para o exterior de forma remota, recebendo em moeda estrangeira — um fator que pode estar associado ao aumento do poder de compra, a internacionalização da carreira e a previsibilidade de gastos por conta de uma moeda mais estável. A geração Z se destaca nesse quesito, com 46,1% das respostas, mais que o dobro dos millennials (21,3%).

A Gen Z, a propósito, também é destaque na procura por conhecimento, visto que 45% das pessoas que disseram se ver seguindo a carreira acadêmica em 2030 pertencem à tal faixa etária. 

Para alcançar esses objetivos, os brasileiros entendem que a qualificação tecnológica será um diferencial competitivo nos próximos anos. Sobre isso, cerca de 58,6% dos entrevistados afirmam que dominar ferramentas de Inteligência Artificial será essencial para alcançar esses objetivos profissionais — seja abrir um negócio próprio, crescer na empresa ou mudar de profissão.

Além da IA, competências como análise de dados (31,6%), programação básica (23,6%) e automação (18,6%) também aparecem como habilidades-chave para a adaptação ao futuro do trabalho.

Para concretizar essas metas, é inegável que o mercado exigirá  mais profissionais com domínio tecnológico —  mas o modo como essas competências são apresentadas também faz toda a diferença. Mais do que ter qualificações, se destacar profissionalmente depende de saber apresentar seu valor de maneira clara e impactante.

Por isso, um currículo estratégico ou até uma carta de apresentação bem escrita, podem traduzir o conhecimento adquirido para recrutadores e potenciais clientes; além de criar uma conexão pessoal com a empresa interessada e demonstrar preparo para os desafios do futuro.

Mais que salário: o que os brasileiros querem alcançar com o trabalho? 

Para os brasileiros, o trabalho é mais do que uma fonte de renda —  é um meio para concretizar conquistas pessoais. Quase 50% dos respondentes afirmam que, nos próximos cinco anos, a principal aspiração financeira é ter condições de sustentar hobbies e paixões particulares.

Apesar de priorizarem prazeres individuais, os brasileiros buscam por segurança e estabilidade financeira da família: 44% dos participantes desejam garantir conforto para os filhos e 32,2% querem ajudar financeiramente parentes ou amigos. A compra da casa (39%) e do veículo próprio (33%) aparecem apenas em terceiro e quarto lugar na lista, sugerindo mudança de comportamento —  com menos foco na posse de bens e mais ênfase em experiências e suporte familiar. 

Outras aspirações ligadas ao crescimento pessoal e profissional também estão no horizonte dos brasileiros: 18% pensam em mudar de cidade, 15,4% querem investir em capacitação profissional no exterior e 13,2% veem o casamento como um objetivo.

Os dados mostram que o trabalho, nos próximos cinco anos,  será um caminho não apenas para ganhar dinheiro, mas sim um trampolim para a independência, o bem-estar e a realização de projetos de vida que vão além da carreira.

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